quinta-feira, 23 de julho de 2009

Cigarro eletrônico será proibido no Brasil

Uma consulta pública em discussão na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) visa proibir a entrada no país de cigarros eletrônicos.

Estes dispositivos, geralmente fabricados na China, são idênticos a um cigarro comum na aparência e formato, porém não contém tabaco, mas sim um refil para nicotina e aromatizantes.

A ideia dos inventores do e-cigarro foi criar um equipamento que não dispensasse fumaça poluente e ajudasse a conter a ansiedade de fumantes que não conseguem deixar o fumo de lado.

Um estudo feito pela FDA, agência americana equivalente à Anvisa, apontou que estes dispositivos são tão cancerígenos quanto um cigarro comum e recomendou que sua comercialização seja suspensa nos Estados Unidos, onde não há nenhuma regra que o proíba.

No Brasil, a legislação exige que qualquer alimento, medicamento ou produto que afete a saúde humana seja registrada na Anvisa antes de ser comercializada. Apesar disso, cigarros eletrônicos podem ser encontrados em bancas de jornal, comércio ambulante ou em sites de leilão na web.

Procurada pelo Plantão INFO, a Anvisa informou que uma consulta pública em fase final de análise está definindo uma norma que proibirá totalmente a entrada destes dispositivos no Brasil. Embora seu comércio não seja permitido, atualmente é possível trazer os e-cigarros para o país sob o argumento de uso próprio.

O cigarro eletrônico contém um pequeno nebulizador que gera vapor todas as vezes que o usuário aspira. O processo retira nicotina e aromatizantes de um refil inserido dentro do cigarro e gera uma névoa aspirada pelo usuário. A ideia é simular o efeito de um cigarro comum.

Alguns modelos produzem calor e contém uma lâmpada laranja na ponta do dispositivo, a fim de simular melhor a queima do tabaco.

A fumaça exalada pelo consumidor, dizem os fabricantes, seria composta apenas de vapor de água e não agressiva aos “fumantes passivos”, as pessoas que estão do lado de quem fuma. Todo o processo é alimentado por uma bateria de lítio, que pode ser recarregada.

Como o uso de refil permite dosar a quantidade de nicotina consumida, em tese o cigarro eletrônico poderia ajudar os fumantes a deixar o vício de lado, diminuindo gradativamente o teor da substância nos refis. Na internet, estes equipamentos são encontrados por preços entre R$ 150 e R$ 300.

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